maio que ainda está por vir

    Hoje, um coletivo periférico aqui de campinas anunciou uma oficina de poesia que desenvolvi sobre a favela. E ando com vontade de começar a falar sobre corpo, música e palavras chulas. Iniciar uma poesia enaltecendo "Dako é bom" Tati Quebra-barraco. Essas manifestações do cotidiano que passam pela oralidade, sempre me soaram tão lindas, porque, pra mim, a poesia está em tudo que respirando inclusive numa passarela da Avenida Brasil, ali discreta sem muito alarde. Por isso o nome: as coisas consideradas sem ênfase. (uma referência a Drummond, claramente).


    O mês de maio tem sido um mês de medos, anseios e movimentações. Abril foi inexistente, não consegui movimentar minha dissertação, mas agora medicado, estou com mais esperanças. Como sempre opero em beira de burnout, também consegui a capa final do meu projeto de livro de "baixarias & situações vulgares". Adendos: nunca pensei que fosse tão custoso imprimir um livro dentro de sua própria casa. Mas minha dose de poesia marginal de apenas 100 tiragens está em fase final. 


    Regis, não faz ideia. O leitor da flor (segue foto abaixo), mas ele receberá a cópia 02. A primeira foi prometida ao André, aquele que colocarei para me ajudar a costurar livros e não sabe a furada que está se metendo. É o preço de ter a cópia número 01 de um livro artesanal feito à mão na impressora de casa. Mas do fundo do coração espero que todos os amigos que receberem o livro guardem com afeto um material idealizado do início ao fim para uma experiência.


Por fim, notas para o Bruno do futuro que deixou de ir ao show da Lady Gaga por consideração à uma amiga vacilona, você não para de ouvir Vanish into you. Esses quatro anos foram difíceis na UNICAMP, mas você nunca mais será o mesmo. Obrigado a todos que em vida não pude agradecer e nunca saberia por em palavras o tamanho do meu amor. Como um personagem Clariciano com pitadas de Novos Baianos, eu transbordo amor da cabeça aos pés. 




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