Ontem, minha terapeuta disse que eu construo barreiras que eu não deixo as pessoas ultrapassarem, citou a Évelin, que eu deixava ela ir até um certo ponto. Fiquei pensativo demais sobre isso. Pois, ela continuou dizendo que em todo esse processo de mudança, eu fiquei muito surpreso que as pessoas gostavam de mim e me ajudaram na minha vaquinha para recomeçar a vida em campinas.

    Eu realmente fiquei muito emocionado com o apoio dos meus amigos e das pessoas que não esperava nada, mas que me apoiaram de alguma forma que não só financeiramente. Eu talvez não tenha deixado tão claro as pessoas que me apoiaram, mas a minha terapeuta testemunhou meus relatos e meus momentos de sensibilidade contida.



    As vezes, eu subestimo a percepção da minha terapeuta para muitas coisas, o que acredito ser muito errado, mas acho que depois da sessão de ontem, de alguma forma, fui surpreendido. "Alguma coisa aconteceu* no meu coração" que só me faz pensar sobre essas barreiras que eu criei entre as pessoas e eu. Foi forte ouvir: "você já não permite mais que façam certas coisas com você". 

    E de alguma maneira isso foi intenso, porque eu comecei a fazer terapia há 3 anos pensando que me tornava inalcançável de maneira intelectual  as outras pessoas, na maneira com que eu me relacionava afetivamente, eu já me sentia de alguma maneira cansado para certos comentários e comportamentos do mundo gay que se repetem num ciclo vicioso (em algum momento da minha vida desenvolvo mais sobre isso).

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