Liniker incomodando

 


acho uma régua injusta porque estamos falando de uma mulher-trans-preta que quer sentir o direito de ser amada, no país que mais mata pessoas como ela, pessoas como nós.

Eu, particularmente, estou em transe com o disco novo. O quê mais me mobiliza em CAJU é a parte “quando eu alçar o voo mais bonito da minha vida, quem me chamará de amor?” Eu sei que um homem incrível, esforçado, trabalhador, que sou simplismente foda. Mas, me dói não ter ninguém para celebrar os meus voos mais altos, quando conquisto grandes momentos não tem ninguém ao meu lado. 

Eu, por exemplo, não tive formatura, graças a Deus, não tive o constrangimento de ir num evento familiar, sem parente para convidar, mas seguimos resistindo como corpos diferentes, mas ao som de Liniker que nos coloca em afeto ao direito de sermos amados(as) e desejados (as). 

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