Depois de um final de semana
longe de casa, comemorando meu aniversário, chego em casa, no meu prédio e na
porta da frente, exatamente na porta da vizinha, a visto um prato marrom
preenchido com farofa e três incensos.
No mínimo curioso, e gostaria muito de segundos depois não ter reconhecido o
prato de casa, a cena era deprimente parecia um bolo de farofa com três velas
daquelas que soltam faíscas só que na verdade três incensos acesos. Antes que a
síndica visse que, na porta da casa dela, tinha um projeto de despacho peguei o
prato e joguei a farofa no lixo. No banheiro: minha avó colocando bobes no cabelo
resmungando: “Agora ela nunca mais vai inventar historia de regar minha planta
da porta, po o que que há?! Pra que foi cismar com minha planta, deixa minha
planta em paz.”.
- Oi vó, cheguei! O que era o
projeto de macumba na porta da casa da dona Marta?
-AHhh... a safada foi regar minha
planta e veio tocar a companhia falando que a planta caiu no chão. Caiu porque
a imunda num vai cuidar da vida dela, deixa minha planta em paz. Fiz um pratão
de farofa com bastante cebola pra ela ficar assustada que sou bruxa, macumbeira e
perigosa.
Sinceramente, eu sempre ouvi
dizer que macumba boa é macumba longe. Tipo em longiguaçu, Campo Grande,
Realengo. E nunca esperei ver nenhum tipo manifestação religiosa na porta de
casa logo de manhã. É vergonhoso, mas minha avó se acha macumbeira porque acende um
incenso com cheiro de erva uma vez ou outra. Admito que de inicio, eu fiquei com
pena, senti uma vontade de me oferecer de ir ao mercadão de Madureira comprar um
pote de barro daqueles que a gente vê nas encruzilhadas pra pelo menos
aparentar mais real. Só que não.
Nota do autor¹: Meu maior
arrependimento foi não ter tirado uma foto.
Nota do autor²: Não sei se pego o
prato e jogo fora ou se lavo e finjo que nada aconteceu.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirPerfeito! ilário... enfim..
mas quero saber qual o preconceito contra Realengo e Campo Grande,nem é tão longe assim.. :D